Ciência
Conheça o tipo sanguíneo raro Gwada negative: único no mundo

O tipo sanguíneo Gwada negative é considerado único no mundo e foi identificado em uma mulher da ilha de Guadeloupe, no Caribe. Essa descoberta chamou a atenção da comunidade científica porque o sangue dessa paciente é tão raro que apenas ela mesma pode recebê-lo ou doá-lo, tornando-o um marco na hematologia moderna.
Como o Gwada negative foi descoberto
O caso começou em 2011, durante um exame pré-operatório, quando os médicos perceberam que não existia nenhum tipo sanguíneo compatível disponível — nem mesmo dela própria. Somente em 2019, com o avanço das técnicas de sequenciamento genético, foi possível entender a origem da raridade. Pesquisadores descobriram que uma mutação no gene PIGZ havia modificado a superfície das hemácias, criando um antígeno nunca antes registrado.
Reconhecimento oficial do novo sistema sanguíneo
A importância desse achado foi confirmada em 2025, quando a International Society of Blood Transfusion (ISBT) reconheceu oficialmente o Gwada negative como o 48º sistema sanguíneo do mundo. Essa classificação inédita abre caminho para novas pesquisas sobre a diversidade genética e suas implicações médicas.
O que torna esse sangue tão especial
Devido às características únicas, a paciente só pode receber ou doar sangue para si mesma, o que traz enormes desafios em situações médicas de emergência. Ao mesmo tempo, esse caso mostra a necessidade de avanços em transfusões ultra-personalizadas, que considerem mutações específicas raras como a dela.
O futuro das pesquisas
O próximo passo para a ciência é investigar se outras pessoas na Guadeloupe ou em diferentes regiões do mundo compartilham a mesma mutação no gene PIGZ. Se novos casos forem encontrados, será possível compreender melhor a origem e a distribuição desse raro tipo sanguíneo.